Meu violão

Como um violão em cima da cama

Aguardando a minha mão afinada

És a mais bela da comparação

O meu monumento de corda

À borda está outra mão

Que via pestana une seu braço

E afina suas cordas

Que chora o choro

As escalas invadem seu corpo

Que ora permite pancadas

Ora deseja dedilhadas

A não semitonar

És mesmo como um instrumento

Que emite um sonido peculiar

A ser suavemente soprada

Com o tocar das minhas mãos

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 11/09/2019
Reeditado em 12/09/2019
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