Admirador eterno
Teu admirador eterno
Se ti trago assim qual pedras tosca
E não tenho a pretensão de burilar
Só porque tu és assim tão moça
Que direito tenho de ti transformar?
O belo quando belo, é no natural
Não há artífice que transmuda
Porque a natureza por capricho é sem igual
Em sua construção não pede ajuda
Se ti trago em bem que eu não comparo a nada
É porque seu encanto me encanta qual serpente
Que no flautim do mágico serpenteia em verticais
Pondo em perplexos olhos curiosos dos mortais
Sou eu assim teu admirador eterno
E o amor que tenho por ti é verdadeiro
Quero estar condigo mesmo que seja no inverno
Se no outono, primavera e verão eu vi primeiro.
Deixe que eu seja seu guardião nas noites escuras
Ti proteger da chuva e da fria tempestade
Não vou deixar que nenhum mal lhe aconteça
Pois, se eu te trago em pedras tosca é bem verdade
Que te amo assim mesmo que pobre eu te pareça.
Talmeida 29 / 09 / 2007