(a)Mar

Peço a essas águas que me lave

E que a correnteza carregue todas as incertezas que tenho sobre nós.

Nessa tempestade de sentimentos

Sou como uma criança que tem medo dos trovões.

Contudo,

Me arrisco a dançar na chuva.

Esse mar duvidoso.

Calmo. Traiçoeiro.

Me molha.

Encharca minha pele

E me mostra nas ondas o reflexo de um ser confuso.

O ser me olha nos olhos

Como se estivesse vendo todos os meus medos.

Ele sente pena de mim.

Eu sinto pena de mim.

E então...

O que antes era calmo se torna turbulento

Me arrasta para o fundo

Mas eu não sei nadar.

Não consigo respirar

Entretanto estou aliviada.

Agradeço aos mares

E ali eu me despeço.

Um olhar poético
Enviado por Um olhar poético em 23/08/2019
Código do texto: T6727505
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