(a)Mar
Peço a essas águas que me lave
E que a correnteza carregue todas as incertezas que tenho sobre nós.
Nessa tempestade de sentimentos
Sou como uma criança que tem medo dos trovões.
Contudo,
Me arrisco a dançar na chuva.
Esse mar duvidoso.
Calmo. Traiçoeiro.
Me molha.
Encharca minha pele
E me mostra nas ondas o reflexo de um ser confuso.
O ser me olha nos olhos
Como se estivesse vendo todos os meus medos.
Ele sente pena de mim.
Eu sinto pena de mim.
E então...
O que antes era calmo se torna turbulento
Me arrasta para o fundo
Mas eu não sei nadar.
Não consigo respirar
Entretanto estou aliviada.
Agradeço aos mares
E ali eu me despeço.