CRIANÇA DE COLO

no auge da dor, quando me calo

procuro bálsamo no calor de seu colo

e é, então ali, que eu me consolo

e adormeço suave no seu embalo

me escuta, ainda mesmo quando não falo,

sorrindo, perdoa meus crimes sem dolo,

com você, em paz, vai minha alma a tiracolo,

seguindo seus passos, sem nem um abalo.

é minha senhora, sou-lhe eu apenas vassalo,

reparto minha colheita, a semente e o solo,

e com pouco que tenho ao seu lado me regalo.

se está longe, tão sozinho me descontrolo,

perto, é como íngreme subida que escalo

para adormecer em você como criança de colo.

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 20/08/2019
Código do texto: T6724944
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