Esperando-te.
Degusto satisfeito esse teu distante cheiro singular,
Perfume quase rarefeito,
essência de uma nova paixão que me chega
atravessando a carne de minha carne,
alojando-se nos alvos do coração.
Algum amor livre deve estar caçando o meu,
Talvez entre espaços nem tão distantes
Que um abraço largo não toque,
Que um beijo ardente não role,
Que um amor não se plante.
Acendo na alma um fogaréu bem satisfeito,
Abro os olhos da alma e teço mil beijos,
Esperando que teus lábios esquentem os meus.
Toma o teu lugar, achega-te.
Tua indecisão esconde preciosos sabores.
Adorna-me com a essência louca desses teus calores,
que seja um passo primeiro ou impulso derradeiro,
mas que por fim, a sós e a sentirmos a doçura do louco
deitados, sejamos a exata lava do instante de amar-se em tudo...
Poema inédito (17/08/2019)