Reencontro
Ahhh...
Aqueles seus olhos medrosos e fugitivos,
imploravam por escuridão
e desviavam de todos os caminhos para
não ter de encontra os meus.
Seu medo tão antigo e armazenado ai dentro,
foi o que te fez de pé naquele momento.
Porque seu estado era tão estático que nem
um terremoto te derrubaria.
E a forma como seus braços não se
estenderam para os meus,
não me fez aborrecer, mas me fizeram
chegar mais perto e te encorajar.
E ouvir sua respiração apressada e medrosa,
me fez querer te dizer que nós já estávamos
perdoados e seguros.
E agora é a hora de aceitar o fim daquele amor.
Se dentro de nossos almas há algo adormecido
e sem vida, nós poderíamos o transformar em
uma história completa.
A história sobre como sobrevivemos à solidão
e ao desapego.
E essa dança descompassada que seguimos,
nos ensina que amores como o nosso
farão parte, algum dia, de livros velhos
que contam histórias raras.
Sobre a dor e a lição que ela passa.