ENTRE OS AMORES DE VIDRO

I

Um sorriso pleno...

Foi-se, levado pelo tempo...

Nas calmas noites de luar;

Perene, sombra que em vulto me envolve;

Tua alma em chamas;

Chamando-me para amar.

II

Estou deserto no prelúdio da melodia;

Meu espírito exalta o saber num só dia;

Quando a canção se encontra na nostalgia;

A saga do caminhar sozinho;

A querer alcançar o fogo abrasador;

No deserto do amor;

Para eu poder alcançar;

Tua imagem sem dor.

III

Aqui, estou a esperar!

Escutando a lirica dos ventos;

Uma valsa vianense...

Um acordeon desafinado;

Sempre a ter tua imagem nua;

Vestido em minha mente;

Com impeto de amar;

Envolvo-me novamente;

E tenho o teu corpo inteiro;

Para amar ardentemente.

IV

Ah! de tantas vidas moradas...

Permaneço a semear;

Cânticos, cantigas esculpidas em pedras;

Numa canção escolhida;

Hoje, universo do teu corpo, viagem...

És para mim o todo em um tudo;

Em todos os sentidos da vida plena;

Lânguido, chamar-te-ei de amor...

Lasso, chamar-me-ás de amado.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 25/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6703870
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