Quero minha carta de alforria.
Minha liberdade de tua presença !
Não quero mais presenciar,
Cenas que me deixam tensa.
Te vejo sorrir para toda gente,
O mesmo sorriso que um dia foi meu,
E agora quando me vê,
Sorriso morre em rosto teu.
Abraças outras em minha frente,
E parece me falar com o olhar,
Braços que um dia me envolveram,
E me deixaram numa noite de luar!
Teus beijos agora de outros lábios,
Tantas vezes senti em lábios meus...
E agora meus lábios,
Sentem minhas lágrimas morrer...
Quero te esquecer...
Tirar as algemas que estão a me prender,
Os grilhões que me sufocam,
Sair desta cela, nunca mais te ver...
Pensei que foste homem,
Mas de moleque não consegue passar,
Quero minha liberdade,
Sinto nojo do meu entregar!
Vá para bem longe de mim,
Quero da minha cama te tirar,
Sair desta prisão de arrependimento,
De um dia em você acreditar...
Me olho no espelho e de mim sinto raiva,
Não sou nenhuma vagabunda ou vadia,
Vou te matar dentro de mim,
Vou ganhar minha alforria.