BARQUEIRO DA VIDA . . . POEMA II
Como navegador embarcado.
No oceano desta vida.
Venho por mares desconhecidos.
As vezes a deriva
Ás Vezes atravessando tormentas,
Tempestades, cortando ondas
Gigantes em mares abertos.
Mantendo-me forte e teimoso.
Às vezes, frágil e cansado.
Avançando anos e anos
Sem descanso.
Minha embarcação nunca passa
Por reformas.
Nem eu. Assim como ela,
Envelheço.
Passamos por rotas desconhecidas.
Mares e portos suspeitos.
Repetidas vezes sendo feliz.
Tantas outras dominado pela solidão.
Quando já desesperançado.
Pensando em morrer errante.
Olhei para o céu, buscando a estrela guia.
Hoje vi você ao chegar ao cais.
Com um sorriso.
Como se estivesse, toda sua vida,
Esperando-me.
Hoje não mais vou ao mar
Vendi minha
Embarcação para outro
Barqueiro.