Quarenta e Três
Tenho uma história para contar,
Uma das infinitas
que seres numerais
vivem a criar
Dentre todas as famílias
Que nascem, seguem e morrem
Sem ordem, permissão ou vez
Devo lhes perguntar
Se por algum acaso
Já vieram a ouvir falar
Do senhor Quarenta e Três?
Então, em primeira mão
Podemos começar
Senhor Quarenta e Três
Nacionalidade Real
viveu a vida a se mudar
Como lhe é natural
Ele não sabia parar
Por mais que seu estado
Fosse sempre Racional
Uma casa nova a cada ciclo
Mudança anual
Morava atualmente na rua das potencias de Quarenta e Três
Esquina com a Avenida dos Primos
Somando todo o tempo
que nessa Avenida já morara
Dava mais de cem meses
Nos mais diversos lugares
Mas isso nem se compara
Com quantas foram as vezes
Que morara na Avenida dos Pares
O Bairro Natural
Da Cidade dos Inteiros
Fora sempre seu lar
Pelo menos era o que contava
A quem fosse lhe perguntar
Não lembrava ao certo de onde vinha
Mas se lembrava de um BUM!
Começou como qualquer outro
Começou como sendo um
Morando no coração do mundo
intersecção de quase todos as ruas
Nunca tivera tanta atenção
Antes não tinha carinho algum
Mas isso era injusto mensurar
Pois, naturalmente
só fora nada antes de ser um.
Ano a ano ele progredia
Crescia de repente
Sem aviso, de uma vez
Dois, Três,…
Dez, Trinta…
Quarenta e três.
Sentia-se preso em conrrente
Em sua progressiva progressão
Sem perspectiva de progresso
Ele via Milhões e Bilhões no horizonte
e se perguntava… se havia regresso…
Ele buscava por algo
Algo que viesse a somar
No meio de toda a vertigem
Não podia ficar parado
Mas precisava retornar
Voltar a sua origem
Decidirá rodar o estado
Buscar pelo que sentia faltar
Dizimas periódicas eram opção
Mas lhe pareciam complicadas demais
Iria buscar mais longe
Estava pronto para desbravar o Estado Irracionais
Encotrara todo tipo de expressão
Mas a busca não acabava
Conhecendo números imprevisíveis
Parecia que o objetivo se afastava
Olhou curioso para o complexo país vizinho
Mas decidira voltar
E nisso percebeu seu grande erro
Na cidade, em relação ao seu bairro Natural
Esquecera de buscar no complementar
Já na primeira rua
Viu menos Quarenta e Dois
Como não se atentou antes, ninguém sabe
Mas quando se aproximou dela
Os dois sabiam no fundo
Se olharam nos olhos
O que tinham era único
Na soma não havia erro algum
Natural e Inteiro
Os que eram dois viraram um.