Uma Carta de 1800
Me perdoa por ter alimentado
tais sentimentos que causaste
tanta aversão em ti senhorita.
Que compreendi os teus
sentimentos; e que apenas
tenho a desonra de ter
alimentando os meus
sentimentos pela senhorita.
Eu sofri com um ferimento
mortal que não cicatrizava.
Não sei dizer direito como foi:
o olhar, teus traços, tua graça,
tua voz, tua sabiência.
Só sei que já estava envolvido
pelo teu feitiço, muito antes
de perceber o quão alvar e
ufano eu fui senhorita.
Defrontei com a cruel
realidade de jamais prever
a ganhar o teu amor nessa vida.
Por isso busquei consolo
na natureza e no combate.
Mas ainda tenho resquícios
de esperança que os teus
sentimentos por mim
tenha mudado.
Depois de ter ouvido palavras
tuas sobre mim, mas basta
uma só palavra tua, que para
sempre me silenciarei.
Mas que saiba que é você
o amor da minha vida.
Por isso preso na agonia e
na esperança.
Eu te pergunto: você me
concederia a honra de ser
eternamente o teu marido?