A Uma Bailarina

Bailarina, tua dança serena

Teu corpo de menina

Em um vendaval de movimentos

Algema meus olhos soturnos em ti, rude pérola,

Que me enlaça com teu perfume rubro.

Confino-me à janela

De onde sonho com os olhos bem abertos

Em assistir as linhas cinéticas do teu corpo,

Vê-las cruzar o breu do oceano estrelado

E por fim te ver cair,

Já meio cansada de tanto rodopiar,

Dentro da minha caixinha de música.