Sobre lágrimas e borboletas... (2)
Quando
As lágrimas são intensas
Mas, invisíveis
Não deslizam pela face,
As lágrimas e a dor ficam
Contidas no olhar e na alma -
As gotinhas de mãos dadas
Transformam-se em um espelho,
Que reflete o pôr do sol, o amanhecer,
Os círculos d’água no lago,
O brilho doce das asas do beija-flor,
E o aroma e sorriso
De cada cor do arco-íris...
Quando intensas são as lágrimas
Elas cristalizam-se em um pergaminho
No qual versos de um poema
De amor são escritos
E selados com o cintilar-
Melodia
De pedras preciosas,
E assim, em noites de Lua,
Ao som da flauta celta
Buscam os casulos das lagartas
Para colorir as futuras borboletas...