Despedida
É quando o encanto das palavras se mistura a beleza das montanhas e ao verde amarronzado da beleza rara das árvores, que mesmo em seus piores momentos conseguem se manter de pé.
É quando o veneno doce e amargo das palavras com melodia tocam fundo nas almas de amantes apaixonados, às vezes acariciam e as vezes cortam como navalha afiada.
É se perder entre a realidade e uma outra dimensão que não deixa de ser real.
É escutar o som dos pássaros, o canto dos grilos, a chuva fininha que cai sobre as folhas e os raios com seus estrondos quase ensurdecedor.
É não suportar o silêncio, é gritar pra dentro da alma e se consolar com a brisa fresca do vento.
É derramar uma lágrima e senti-la descer sobre a face e sorrir diante das boas lembranças que quase podem ser tocadas, ou ao menos, sentidas.
É sentir o coração bater de galope dentro do peito e as mãos se apertarem de saudade.
É ter que deixar ir, é implorar para que fique.
É amor, é insano, é pecado que queima, que mantém a poesia, que aumenta o brilho das estrelas e nos faz ter empatia pela solidão da lua.
São músicas, beijos na chuva e com gosto de lágrimas, sonhos, caminhos, dança sem melodia, corpos, olhos e mãos que se entregam, que se entrelaçam, que se perdem e se buscam.
É sentir correndo nas veias, no ar, na respiração, na pele, na saliva e nos dedos.
É não saber finalizar e nem seguir, é despedir mas nunca deixá-lo ir...