PENEDOS
Tenho tanto medo
amor meu
em me ver sozinha
nesse caminho
tão longo
sem teu carinho!
Me apavora o momento
de saber-te distante
sem teu ombro
teu aconchego nada
serei diante da vida!
Não mais terei
tua mão a secar-me
as lágrimas
e como criança
soluços me hão de tomar
o peito e talvez
eu morra de saudades!
Deixa-me novamente
privar do teu banquete
da tua mesa da manhã
e saborear-te
os doces carinhos
postos à mesa de nossa
paixão!
Amor meu,
por tanto tempo te tive
em mim que já não sei
como dormir
como deitar
como os olhos fechar
sem que a meu lado
estejas a ressonar
em sonhos de anjo, que
meu, passeias entre
meus seios e te alimentas
do amor que é teu!
Não me abandones
às noites escuras dos mares
bravios, que sob os penedos
me hão de jogar
como tralha sem valor
apenas trançada um dia
pelas mãos do teu amor!
Mostra-me o portal
da vida e deixa-me
viver novamente!
Eugênia L.Gaio