A Tempestade do seu Cabelo Castanho

Escrito em 2-3/3/2019

Pensando na brisa que passou por mim

ela parada e eu caminhando

A rua do caminho de onde eu vim

E o vento estava soprando

Um dia nublado, a tarde desceu

Indeciso e impaciente eu estava

Quando a tempestade que vinha do céu

Estava mais perto do que pensava

Lá estava ela, soprando gentil

Soprando discreta, tênue, rosada

Com sua imensidão castanha, espio

Sendo entrelaçado pela minha morada

Modesta como a chuva que a acompanha

Olhou-me num turbilhão calado

No vento e curiosidade estranha

Tudo foi tão rápido e eu nem 'stava parado

E a chuva veio depois, sem medo

Me abraçou tão forte e nem tão distante

Como no que aconteceu mais cedo

No apressado e passado instante

Mas as pétalas rosadas de sua bochecha

Já encharcaram e não as verei jamais

Não vejo mais do seu cabelo uma mecha

Durou pouco, mas a chuva não para mais