Insano Mergulho.
Mergulhado em um mergulho submerso no decote e nas curvas esculturais da estrada, no oceano da própria existência, em alguns momentos em águas límpidas e cristalinas, porem na maior parte em águas caudalosas e turvas aos olhos enigmáticos da própria existência, abraçando a paz e a angustia que apraz e compraz o coração em segredo, até mesmo aos próprios olhos da emoção e da razão, beijando calorosamente a face ríspida da amada, em um beijo sublime o beijo dos portadores de alma. Neste enlace no emaranhado universo suspenso do seu tempo, plainando nas nuvens submersas da estrada, flutuando por entre as correntes de ar, distante do borborejo e do falatório, da própria voz da razão e da emoção, contemplando o nada até mesmo diante dos olhos atento da estrada, buscando em cada cena o refinado togue, na delicadeza e na elegância dos passos suspensos flutuando pelo caminho conduzindo a embriaguez do corpo. Deitado na solidão, debaixo do solitário ser, agarrando a uma e outra partícula que cruza delicadamente com teu caminho, passos rígidos, porem todo corpo em busca de paz no silencio dos pensamentos e de todos os sentimentos flutuando invisíveis aos olhos da razão e da emoção, bem distante e muito ausente de ser fotografado, filmado pelas lentes oculares do tempo, suspenso sobre o templo, enamorando a pequenez e a grandeza do beijo de amor que ainda não foi dado, doado e nem tão pouco teve a ousadia de pelo menos tentar rouba-lo, na mente e em todo ser a sensação sorrateira o convida para mais uma jornada distante de si mesmo e ausente da rústica embriaguez do corpo, abraçando cada minúscula parte entre as partículas de seu próprio corpo, sem entrelaçar os braços exaustos de encontro com teu corpo. Por alguns instantes ou momentos dentro do ciclo do círculo do relógio do tempo, enamorando o templo abraçado ao vento, sentindo a profundidade do oceano da paixão muito além , muito distante na linha visível e nítida em tua frente, onde parece mais uma ilusão de ótica, real e irreal, racional e irracional de tão distante do toque de suas mãos tremulas e cansadas pela estrada do caminho, porem a esperança e a perseverança busca romper o silencio e o falatório do borborejo a tua volta em teu entorno, tentando ultrapassar a muralha de seu castelo fabuloso , místico, encantado, magico, irreal e sobre real na soberba ,da soleira real do momento um estrondo toca de encontro com teu próprio e suspenso templo de amor, de encontro com a face quente debaixo de um sol escaldante , a brisa beija a insana razão e a emoção contempla o momento.
Neste mergulho submerso em si mesmo, entrelaçado na pompa purpura da paixão, amando a candura da alma e do corpo da amada proibida, proibida amada, que compraz o corpo, sacia e alimenta a alma, no enigmático castelo de loucura, vivendo na razão e nas pouquíssimas emoções de apenas alguns míseros instantes, saboreando a paz na paixão e as delicias de amar , o amor profano, insano e sem nem uma razão e nem tão pouco alguma emoção, entrelaça no laço da vida, seguindo certeiro o caminho que compraz e alimenta a fé e a esperança, na cambita essência que de vez enquanto suspira em teu mergulho submerso nas águas turvas e caudalosas, por alguns instantes buscando o ar na superfície da vida, um beijo na essência e na pele toca de encontro com todo teu ser e tua alma , canta apaixonada pela vida, amando o real e o irreal , o humano e divino, sublime e místico nas calçadas do universo, em versos poéticos de amor, pela paixão de amar a esperança e a perseverança na busca solida de um pontinho menos que distante dos olhos de luz no meio da maior e mais subida escuridão de seus dias e noites, abraçado com a saudade e a solidão, rotineira no voo soberano que renasce em cada iniciar e terminar de um novo e amado instante. Porém o tempo suspenso e submerso no templo da estrada, em muitas vezes, o convida para o baile nas mais diversificadas pistas da existência, um beijo roubado, um abraço por um abraço, um copo solido na nudez vestida da mente, enamorando por alguns longos e eternos momentos o beijo de amor real , humano, profano, insano e sem razão e emoção, acariciando a vida, entrelaçado nas íngremes linhas curvais da amada, deliciando o calor do corpo , em outro corpo, que não o és da amada proibida, proibida amada, delirando de paixão distante na nudez de seu corpo em um mergulho no seu banho de essências com pétalas vermelhas , sais e aromas silvestre, sussurra baixinho calmando pelos braços que apraz e compraz teu celebre escultural corpo e também a alma, ou apenas um olhar discreto por entre os milhares de olhos que dilacera todo seu ser , mais não apraz e nem tão pouco acalma o encanto e a magia de sua alma de seu corpo, e neste mergulho submerso nas águas cristalinas e turvas da existência, ambos amando a loucura e a razão em cada momento, respeitando a essência e os valores entrelaçados no laço da saudade e da solidão de seus corpos , proibidos um para o outro.