DEVORO-TE
Com efeito o seu pedido assaz
Implorando para ser devorada
Perturbou-me, e me tirou a paz,
Despertou a paixão guardada
Num ímpeto louco de frenesi
Acerquei-me louco de desejo
Acabamos loucos, fora de si,
Nos rendendo aos doces beijos
A volúpia tirou de nós toda razão
Porque a emoção nos dominava
Nossos corpos ardiam de paixão
Pelo enlace que nos aguardava
Como uma fera eu te atacava
E você gemia docemente
Parecia até que você gostava
Do furor que envolvia a gente
Nos embalos eu te dava tudo
Aquilo que você demais queria
Corpos transpirando desnudos
Gemidos do prazer que satisfazia
E como está no enigma da esfinge
Decifra-me ou então te devorarei
Todo esse ardor que nos atinge
Nos levou ao clímax que sempre desejei.
Ilha Solteira/SP
28/01/2019 – 17:02h