Quando o vento grita seu nome...

Sentado neste banco de praça

A mesma praça que tudo começou

É difícil olhar para o lado

E perceber que de nós, nada sobrou

Seu perfume eu sinto mesmo que ao longe

Outra boca insiste em me sorrir

Eu percebo que nada e como antes

Mas meu peito não quer admitir

Olhando a tarde que já esta adiantada

Algumas nuvens começa a aparecer

Como tudo é igual no início

Rapidamente começa chover

Suas lembranças ferem como navalha

São pensamentos que me trazem você

Seguiu seu caminho, certamente me esqueceu

E eu na verdade, nem tentei te esquecer

Quando a dor fala alto querendo me assustar

Eu digo a ela que você vai voltar

E que me espera como sempre esperou

Mas nem a mim eu convenço, do nada começo a chorar

A solidão conhece o seu número

Mantenho ela longe do meu telefone

Mas tudo fica mais difícil

Quando o vento passa, e grita seu nome...

Antonio Ferrer
Enviado por Antonio Ferrer em 11/01/2019
Reeditado em 11/01/2019
Código do texto: T6548456
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