Porto solidão
A primeira garça se foi, a segunda ainda pensa...
Enfim foram todas para o outro lado do rio
Voaram de um arvoredo ao outro, nada mais.
A aurora de mãos cálidas a iluminar o mundo.
Quando a noite chega e a severa nortia aviva,
Nos arvoredos, outra vez as garças, pacíficos,
Com as asas agitadas, as penas meneando,
As garças unidas em revoada jogam-se no rio.
Com alma onde ainda abecam os devaneios
Voam as garças uma a uma e com rapidez
Como os pardais nas paineiras dos quintais.
Com as asas na beleza intrínseca da mocidade
Evadem-se, porém ao porto elas retornam.
Mas a santa mocidade não volta nunca mais.
A primeira garça se foi, a segunda ainda pensa...
Enfim foram todas para o outro lado do rio
Voaram de um arvoredo ao outro, nada mais.
A aurora de mãos cálidas a iluminar o mundo.
Quando a noite chega e a severa nortia aviva,
Nos arvoredos, outra vez as garças, pacíficos,
Com as asas agitadas, as penas meneando,
As garças unidas em revoada jogam-se no rio.
Com alma onde ainda abecam os devaneios
Voam as garças uma a uma e com rapidez
Como os pardais nas paineiras dos quintais.
Com as asas na beleza intrínseca da mocidade
Evadem-se, porém ao porto elas retornam.
Mas a santa mocidade não volta nunca mais.