Conflitos no Mar
Tenho muito respeito pelas suas relações pessoais
Respeito mais ainda a sua relação consigo mesmo.
Se sei dos seus medos, das suas verdades absolutas,
Das suas mentiras relativas e dos amores passados,
Como um bom amigo,
Retorno ao porto e silencio...
Retorno ao porto, mas continuo no barco
Não ouço sua voz, no entanto
Reflito sobre a perenidade dos dias
E o peso do imponderável, do imperdoável, do execrável
As nuvens se fazem nos céus
O mar se agita
E as ondas crispam na praia violentamente.
Respiro , inspiro, espero,
A leveza dos dias
E a eternidade do sentimento, da cumplicidade, da alma.
Permanecem.
Suponho novos mares, novas rotas, outra bússola,
Outra ida à proa.
Silenciosa, a lua retoma sua glória,
O céu se entrega à noite.
E o barco novamente embala nosso sonho.
E novos dias sempre surgirão no horizonte além mar.