Tua célere visita
Esperei que a praça se calasse,
a noite escurecesse,
o barulho fugisse,
para lembrar do abraço dela.
Atravessou a rua com passadas espantadas, eu vi.
E a força de seus braços me consumiram
em um instante que se perpetuou
e durará mil anos em meu peito.
Risonha índia de tribo nômade
onde a raça se emociona e o amor brota.
Em minha porta a vi! Juro que a vi!
O amor faz coisas que a paixão descombina,
uma morre cedo, o outro domina,
ambos resistem na esperança dos amantes,
mais duros que os diamantes
que cortam a dureza das distâncias.
Te esperarei mais vezes,
não nos rompantes das noites,
mas na chegada dos abraços,
onde sinto teu hálito brotar sobre o meu
e o coração descompassar feliz como uma criança
que jamais se abandou tecendo desesperanças,
mas que que sobreviveu para te amar.
Perdeu quem não conheceu em meus versos
a paixão de um poeta pela vida
e, entristecido, pensou que houvessem neles,
recolhidas paixões de inverdades.