PALHAÇO I . . .

Naquele dia...

Ao maquiar- se

Frente o espelho,

Em devaneios, sentindo-se

Incompreendido.

Seria mesmo palhaço?

Infeliz sem o amor

que o abandonou.

Seus negros olhos reluziram,

Enchendo-se de lagrimas.

Seus pensamentos confundiam,

Zombando.

Transformando-o num ser amargurado.

Ainda estava perdidamente apaixonado.

Tantos foram os anos, quantas alegrias.

O destino deu e roubo o amor de sua vida.

Hoje solitário só com o picadeiro,

Tem encontro marcado,

Lá podia ser o lugar ideal,

Para ter sua lapide.

Com a inscrição:

AQUI JAZ O PALHAÇO DAS MULTIDÕES.

ESTANDO ENTERRADO NESTE CHÃO.

PASSOU SUA VIDA VENDENDO ILUSÕES

A TODOS OS CORAÇÕES.

PARA SI, NADA.

MIGUEL ANGELO DOMINATO
Enviado por MIGUEL ANGELO DOMINATO em 17/11/2018
Código do texto: T6504787
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