PALHAÇO I . . .
Naquele dia...
Ao maquiar- se
Frente o espelho,
Em devaneios, sentindo-se
Incompreendido.
Seria mesmo palhaço?
Infeliz sem o amor
que o abandonou.
Seus negros olhos reluziram,
Enchendo-se de lagrimas.
Seus pensamentos confundiam,
Zombando.
Transformando-o num ser amargurado.
Ainda estava perdidamente apaixonado.
Tantos foram os anos, quantas alegrias.
O destino deu e roubo o amor de sua vida.
Hoje solitário só com o picadeiro,
Tem encontro marcado,
Lá podia ser o lugar ideal,
Para ter sua lapide.
Com a inscrição:
AQUI JAZ O PALHAÇO DAS MULTIDÕES.
ESTANDO ENTERRADO NESTE CHÃO.
PASSOU SUA VIDA VENDENDO ILUSÕES
A TODOS OS CORAÇÕES.
PARA SI, NADA.