BARQUEIRO DA VIDA . . . I
Como navegador embarcado.
No oceano desta vida.
Venho por mares desconhecidos,
À deriva.
Atravessando tormentas, tempestades.
Cortando ondas.
Mantendo-me forte e teimoso.
Às vezes, frágil e cansado.
Avanço anos e anos sem descanso.
Minha embarcação nunca passa por reformas.
Nem eu. Assim como ela, envelheço.
Passamos por rotas desconhecidas.
Mares e portos suspeitos.
Repetidas vezes sendo feliz.
Tantas outras dominado pela solidão.
Quando já desesperançados.
Pensando em morrer errante.
Ontem olhei para o céu,
Buscando uma estrela guia.
Hoje vi você ao chegar ao cais.
Com um sorriso.
Como se estivesse, toda sua vida.
Esperando-me.
Ao encontrar-te você me acolheu.
Em seus braços.
Não volto mais ao mar.
Na noite da terra vejo estrelas cintilarem.
Você é o farol que me guia.
Iluminando minhas novas direções.
Agora calmo.
Sendo amante dos meus sonhos.
Quero viver para o nosso amor.
Depois de tantas viagens.
Volto a terra e para você.
Minha barca, abandonei.
Para outro barqueiro.
Que espero ter a minha sorte.