Pio.
Ave canora de pio arrepiante
Bulha a presa na lua infinita
Despojando lhe cálido destino
Maculando o brio do universo!
Sombra amaldiçoada das águas
Esculpindo ouvidos navegantes
Abatidos à dor do pranto fecundo
Forma outra caverna humana!
Quisera, ó dama, ter-te no altar
Pois, a pétala que cai se intensifica
Para caber no chão com perfeição!
Dito, ao pôr que pare apodrecido
Espojo te um coito magnífico
Golfando pra sua alma meu silêncio!