Pio.

Ave canora de pio arrepiante

Bulha a presa na lua infinita

Despojando lhe cálido destino

Maculando o brio do universo!

Sombra amaldiçoada das águas

Esculpindo ouvidos navegantes

Abatidos à dor do pranto fecundo

Forma outra caverna humana!

Quisera, ó dama, ter-te no altar

Pois, a pétala que cai se intensifica

Para caber no chão com perfeição!

Dito, ao pôr que pare apodrecido

Espojo te um coito magnífico

Golfando pra sua alma meu silêncio!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 01/11/2018
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