Fundação, um poema de amor
Fundação
Eu fugia, sátiro por corsários
Amotinados
Mutilado
A entrelaçadora, a Escuridão
Me cirandava esfaqueava e enfim deitava
Às paredes do labirinto
Que me nascia:
O frio me desnudava
Vazio após vazio e vazio
Eclipsava no infinito, falsa
Crisálida que leva de processo
A processo, sem final em seu cio
Esperei pelo levita,
O escriba e o sacerdote
(e Lutero não trans
tornou a Terra num orbe de sacerdotes?)
Por fim, o samaritano:
Passou ao largo, ocupado o mui coitado
Em fazer guerra ao judeu (e quem nunca?)
Que os tempos primam pelo mal
E ela apareceu, descendo com a noite
mínima ninfa solitária
Sobre cada uma
Minha
Cicatriz
Ela deitou uma flor, freira das heras
Pródiga em unguentos e emplastros
Karma & cura
Para minha colectânea de feras
E unimunimo-nos de nós:
A flora e a fauna
Dum planeta erradio,
Pais fundadores de nossa imprópria
Raça de seres milifelizes.