Fundação, um poema de amor

Fundação

Eu fugia, sátiro por corsários

Amotinados

Mutilado

A entrelaçadora, a Escuridão

Me cirandava esfaqueava e enfim deitava

Às paredes do labirinto

Que me nascia:

O frio me desnudava

Vazio após vazio e vazio

Eclipsava no infinito, falsa

Crisálida que leva de processo

A processo, sem final em seu cio

Esperei pelo levita,

O escriba e o sacerdote

(e Lutero não trans

tornou a Terra num orbe de sacerdotes?)

Por fim, o samaritano:

Passou ao largo, ocupado o mui coitado

Em fazer guerra ao judeu (e quem nunca?)

Que os tempos primam pelo mal

E ela apareceu, descendo com a noite

mínima ninfa solitária

Sobre cada uma

Minha

Cicatriz

Ela deitou uma flor, freira das heras

Pródiga em unguentos e emplastros

Karma & cura

Para minha colectânea de feras

E unimunimo-nos de nós:

A flora e a fauna

Dum planeta erradio,

Pais fundadores de nossa imprópria

Raça de seres milifelizes.

Sammis Reachers
Enviado por Sammis Reachers em 21/10/2018
Código do texto: T6482024
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