A carne da poesia
Ai dos meus versos
se eu parar de ser triste
e deixar de sofrer por amor
ou amar sem sofrer.
Ai de mim
se a alma não chorar
todos os dias
e meus olhos não sentirem a agonia
que todo sofrimento traz de graça.
Ai de meus poemas, sim,
se eu estiver alegre sempre
e então a poesia nos meus versos
não será tão consistente:
não serei o poeta que sou!
Deixem que eu finja
por entre os sentimentos verdadeiros
que se misturam corajosamente
nos versos, nas estrofes...
e assim possa seguir poeta e forte
a tecer versos, a compor rimas, a fazer minha vida!