DUALISTICO
In memorium: Angela
Sempre amada esposa.
Quando escrevo.
Vou incorporando conhecimentos.
Que desacredito serem meus.
Não afirmo.
Que existam em mim dons psicográficos.
Comprovo os sentimentos.
Que me aportam.
De leveza benéfica e exuberância.
Brinco com a felicidade como se fosse inesgotável.
Debocho da tristeza de forma quase irresponsável.
Quando escrevo.
É o que mais faço com prazer.
Mundos bisonhos.
Vão dando lugares a mundos reais.
Vou do sorriso as lagrimas em segundos.
Tenho em mim mecanismos.
Que não dependem de mais ninguém.
Para ser feliz.
Da chuva, ao sol.
Da terra a lua.
Sou a criatura que navega sua própria nave.
Sou louco, sou são.
Sou o “bobo da corte” que transita nas ruas.
Este é meu verdadeiro dom.
Doado por Deus.
Que no sofrimento de sua perda.
Simplesmente aflorou em mim.