O MEU AMOR

O MEU AMOR

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O meu amor que não chega e tenho que esperar,

Nos movimentos das ruas que carregam as aventuras pra qualquer lugar;

Para lá e para cá nas confusões das caladas dos embalos a cogitar,

Um romance prendado a que de afeto tenha a quem cuidar.

Abordando com um estonteante olhar a quem transeunte passa,

Cumprimentando nos laços a circunferência que a abraça,

De um sedento beijo de um amor tutor como de uma busca a uma caça,

De um trampolim elevado de uma cobertura feito a uma unida massa.

Estornado as carícias desejosas daquela determinada hora,

Que a leva no tempo de uma curta apalpada demora,

Amor ardente quede correspondência das vontades a tudo vigora,

De um peso pesado sobre o outro a uma discrepância de várias toras.

E você que não chega mesmo controlando as horas para não se atrasar,

Para não perder o lugar na fila na sua vez que está a chegar,

Para não esquecer as coisas para que um outrem possa mais a frente achar,

Nos desfiles das ruas as surpresas que estão prontas para assustar.

Demorando as horas de nada procuram para logo chegar e ver,

Este meu amor já vem preterida pelo que ela deve trazer,

Numa renda aconchegante de um acalanto que está por enaltecer,

Das nossas dádivas prendadas a aquilo de obtenção que podemos ter.

Pelas ruas que chamam os endereços as suas indicações,

As penumbras dos adereços as suas mirabolantes encenações,

Das cores a decorar enfeitando as alegrias das diversas diversões,

Dos dias de sol claro ou nos dias de chuvas as suas retenções.

Nas malas das bagagens rumando para distante viajar,

Estações que entoam as saudades por algo que está a lembrar,

Do movimento que passa perpassa os caminhos a andarilhar,

A multidão que desponta no tumulto a uma eclosão para combinar.

Dos laços que convergem concisos os destinos das surpreendentes horas,

Pelo predestinado tempo inviabilizado pela sua demora,

Ausente por uma falta estando discreto a fora,

De uma estaca dosada e amparada a uma ajuda de uma escora.

De lá para cá cheio de flores com o seu perfume a cheirar,

Este lugar está a receber um cortejo que vai te agraciar,

Flertes concebíveis de um beijo no rosto a convivência adorar,

Do meu amor que há qualquer hora estará pronta preste a voltar, e aqui chegar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 18/09/2018
Código do texto: T6452331
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