FORA DE ORBITA...
Leio meus poemas,
Repetidas vezes.
Tentando dizer
Verdades.
Para mim mesmo.
Passam dias e não me acho.
Ansioso, divagando.
Outras vezes minto para mascarar.
as tristezas deste coração fiel.
Deste amor não materializado.
Onde não há mais lagrimas pra chorar.
Cabisbaixo, sigo meus dias,
Isolado mesmo estando acompanhado.
Os temas dos meus poemas,
semelhantes aos rode-moinhos,
Tendo como eixo eu mesmo.
Exausto me vejo em lagrimas.
No meu egoismo.
Ou na minha saudade.
Sonho ser poetas das multidões.
Mas neste planeta em que vivo,
Tem três, cinco ou sete vizinhos.
Quê como vive em rode-moinhos.
Há, não temos correios
Nem internet.