Fragmento

Como ei de me conter?

Se as palavras que usava

não mais ditas podem ser,

E agora, aprisionam-se por entre os versos escritos

E desbotam-se em meio a outro poema esquecido

Como ei de prosseguir?

Se o homem guarda para si

O mais belo sentimento,

Pois assim lhe fora ensinado,

Como tal, havia prorrogado

Que ei-me de conter

No entanto,

Por enquanto,

Talvez não tanto

Há de ser guardado

Pois tudo é revelado

À Bons olhos

Que procuram entender

Os motivos de se escrever