Exílio...

No bailar do meu silêncio
As rimas se misturam
E adentram ao meu coração.
Posso senti-lo, querendo
Me confundir com o vazio
Que trago na alma. Essa melancolia
Turvando o meu sol de cada dia.
E assim, exilada, morro
No silêncio de minhas palavras
Que se perdem em mim mesma.
Somente os meus olhos falam
Quando te busco, num reluzir
Pelas janelas do coração
Quando ainda te contemplo.
Enquanto meus lábios ressequidos
Já não se abrem mais.
Já não ousam murmurar
Quebrar tamanho silêncio
Que se aquieta dentro de mim.