AS TINTAS DO AMOR
Desde pequeno amei o que não via
o que estava escondido querendo se mostrar
a ler nas entrelinhas das cavernas a poesia
que sabia estar viva nas profundezas do mar...
Saí pelo mundo a aprender seu abecedário
com os moluscos e a pedras e as centopeias
que me deram o saber de andar neste cenário
movendo mil pernas e suas mil e uma ideias...
O que vi guardo como um doce numa caixa
que abro e como aos poucos todos os dias
que renasce como uma phoenix que se acha
escondida no ventre da mais clara poesia...
Sei e saberei que sou apenas um passante
pela estrada do universo e em seu corredor
vejo os quadros dos homens em cores brilhantes
e as tintas de todos que chamam de amor...