RIO ADENTRO
Fiquei refém dos ribeirinhos caminhos
que de Belém te afastaram Pará adentro,
cercada dos mistérios de mata e água,
o rio em festa do teu sorriso se agita,
o verde repleto de ti se dilata,
na lonjura nenhum raio teu escapa
que me guie onde não advinha
minha grande saudade náufraga;
no trapiche espero despontar a canoa
te trazendo de volta pra casa,
os olhos sorrindo à toa,
a tez de sol marcada,
a beleza em conto relatada,
a maré, na alma,
pra sempre guardada!
Dedicado a
Maria Farias