UM AMOR DESMEDIDO.
E a cada amanhecer em que o teu Amor adentrava na minha vida, era uma despedida de um sonho realizado, acompanhado de um rebuscado som melodioso, feito através de um carinhoso delírio um tanto encantado, nesse recatado repente lamentoso. É como uma canção somente para ser ouvida, por uma medida de convencimento do tempo em palavras de harmonia, onde o azul é tinta que pinta em qualquer lugar, esse que é um ponto pronto a nos aproximar.
Eu quero merecer um novo encontro das nossas mãos entrelaçadas, intercaladas de desejos, com beijos sem pudor, um desmensurado Amor, que mal caiba em nós, como a foz saliente de uma ribanceira, que seja sempre uma maneira de nos aproximar. Que nada mais possa ficar inconsciente, e que o nosso presente seja perenal, e nos faça transparente como um cristal, cumprindo o seu destino, com um talhe fino, desse teu olhar puro e cristalino.
Eu quero me assentar em teu mistério, com o mesmo critério que vem coberto de esperança, te saudar feito criança, e te beijar até me tornar enclausurado, um privilegiado por ter a tua companhia, na travessia do nosso mar de água totalmente cintilante, e ser teu amante para te fecundar, e sonhar, e te fazer cantar através de um querubim, um canto sem fim, a preludiar com sons que possam te alcançar, para te mostrar, tudo o que eu te conjugo nesse nosso verbo Amar.