À DOIS
À DOIS
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Um par de xícaras para servir um chá,
Um par de talher para o almoço, sobremesa ou jantar;
Dois lugares emparelhados que é para sentar, e conversar,
A um par de toalhas para depois do banho se secar.
Sandálias, camisas, sapatos ou vestimentas a se usar,
Compartilhar tudo aquilo que for para colocar,
No adequado lugar, a tudo que se possa ouvir ou pegar;
Das curvas as mãos das levezas carinhosas a tocar.
Segredos combinados as privacidades para se guardar,
Dentro de um âmago atendente de cada mundo particular;
Que terão propósito do amor maior indutivo a amar;
Fichas remanescentes da aposta que há para apostar.
No perder pelo que possa ser pela sorte que a leva a algo a ganhar,
Pelas elevações dos pedestais as glórias a que se possa comemorar;
Troféus glorificados preciso as forças para erguer a que levantar,
Um tendo que ceder para que o outro tenha que concordar.
Gracejos prontos pelos flertes dos cortejos a alegrar,
Das entregas dos embrulhos das encomendas a entregar,
A comer quando a fome espessa multiplicar,
Desejos a forma que um ao outro apaixonados desejar.
Realejos de um dia talvez a vez venha uma saudade a matar,
Procuras daquilo que está pertinente pronto para cutucar;
As brincadeiras dos saltos as distâncias para pular,
Das necessidades que os dois terão que compactuar.
A compartilhar as usuras distribuídas a cada par,
Do que será dele ou mesmo dela daqui como pra lá;
Um par de copos ou pratos a servir o que for de saborear,
Corpos colados ou aproximados induzidos a abraçar.
A servir a que tudo serve com o amor sustentável a namorar,
Da cama de casal extensa para deitar;
Num lençol ou numa colcha para cobrir e enfeitar,
Do frio a que esteja descoberto a ponto de agasalhar.
A um envolvimento definitivo das alianças de noivado prestes a casar.