ANÁLOGO
o amor é flor
e cacto, e espinho
eu sou poesia
e pranto, e vinho
da canção e do verso
quero a rima sensual
da linha sinuosa
quero a curva
à beira do teu corpo
não te peço nada,
além de espaço
e feliz, não mais
morta por um triz,
quero vida
para apalpar,
quero sol
para aquecer
a alma impura
pois o amor
é onda e asa
é calor
e vento que abrasa
no derradeiro solo
da esperança...