Água do mar do Pontal

Água que bate nas pedras do cais

que aloja os que a enfumaçara

A furar as redes que arrastam os crustáceos

que forram a mesa dos caiçaras

Dissolve-se na areia da praia

Apaga pegadas trotadas

dos tatuados atletas de saia

e não mata a minha sede

O vento comanda as ações

A deixá-la repousar

E quando outra vez a noite chegar

Haverá novas canções

É a água do mar do Pontal

A beijar os nossos pés

A emitir um som

A dar o tom do nosso sarau

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 28/04/2018
Reeditado em 14/10/2018
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