Água do mar do Pontal
Água que bate nas pedras do cais
que aloja os que a enfumaçara
A furar as redes que arrastam os crustáceos
que forram a mesa dos caiçaras
Dissolve-se na areia da praia
Apaga pegadas trotadas
dos tatuados atletas de saia
e não mata a minha sede
O vento comanda as ações
A deixá-la repousar
E quando outra vez a noite chegar
Haverá novas canções
É a água do mar do Pontal
A beijar os nossos pés
A emitir um som
A dar o tom do nosso sarau