Mãos Dadas

A canha se aproxima da destra

São as frestas da minha mão

Sendo invadidas pelos seus dedos

Vagarosamente

A minha palma sua

Ao receber a sua

E não se separam

Permanecem atadas

Por um longo tempo

Sobre o convexo da minha mão

Que seus dedos deslizem

E brote a paixão

É hora de partir

Os dedos se apartam

Sem segredos

Sem medo

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 22/04/2018
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