Espirais
Vem meu amor de versos e encantamentos,
Envolva meus olhos com a névoa do descanso
E toque aquela música de liras distantes.
Conte a história de todos os tempos
Sirva-me o vinho de fazer sonhos.
E sussurre as palavras mágicas.
Traga as falas que me fazem pensamentos
As formas que criam tantas artes
E os beijos que fazem selar todas as feridas.
Minhas mãos são da alvura prometida
Minha visão enfim, develada.
E minha boca antes de silêncio, enfim sussurra.
Vem meu mago, meu rei, meu poeta e perdição.
Diga as palavras sacras que ecoam nas pedras.
Do meu coração, virá apenas a verdade,
Da minha alma,
Aquela que queima e ressurge
São seus os vislumbres azuis e pratas das espirais eternas do tempo.