POR ORGULHO
POR ORGULHO
Não tive coragem de pedir perdão.
Bastava apenas “um sinto muito”,
Quem sabe, desculpe-me...
Eu a vi se levantar, olhos tristes, indecisa,
Caminhar lentamente em direção à porta,
Quase me pedindo para impedi-la.
Abriu a porta, pouco a pouco,
Esperando que eu dissesse algo...
Mas eu fiquei mudo...
Quis correr ao seu encontro,
Dizer-lhe o quanto era importante para mim,
Pedir que ficasse que perdoasse minha arrogância,
Mas estava paralisado pela insensatez.
E enquanto ela se afastava, passo a passo,
Tão perto e ao mesmo tempo tão longe,
Eu chorava por dentro,
Incapaz de retê-la.
A porta se fechou e seu vulto desapareceu.
Ali, imóvel, senti meu mundo desabar,
E a certeza que como eu ela sofria,
Mas por orgulho o amor cedia
Pondo fim a um sonho de encantamento.