Niilismo do ser hipócrita que tem medo do ato de amar
Quebrando milhares de paradigmas
Escrevendo versos sensacionalistas
Baseada em fatos surrealistas
Sobrando alma e coração
Na mente de quem idealiza
Tudo o que sente, dizendo para si
Que o amor é doença e utopia
Mas sonha com um amor sincero
Dia após dia.
Abrindo a boca para profanar
As frases mais profanas
Negando a si mesmo
O valor da sua própria existência humana.
Como humano, carne e osso
Alma sucumbida no pecado
Marcas roxas pelos braços
Pernas cambaleando
Como se estivesse em guerra contra seus atos.
Nervoso ao ponto de gaguejar
Mesmo sabendo o que dizer
Nervosismo aos olhos de quem vê
Tentando ser mais do que um simples ser
Querendo ser alguém capaz de ter
Tudo o que o amor pode dar.
Hipocrisia reina na terra de loucos
E os mais loucos não são os que amam
Mas o que não sabem amar.
Frases jogadas ao vento
Tornam-se frases sinceras, com o tempo.
Tempo ao tempo, tudo se organiza
Cegos vêm amor onde só havia briga
Abraços se tornam em abrigos a quem vivia fugindo
Beijos se tornam em portos seguros
Para quem vivia perdido.
No final, o alívio.
A guerra, acabando;
O ego, desinflando;
O abraço, te esperando;
A voz, te chamando;
O corpo, repousando;
O toque, implorando.
Acabando com o sentido do niilismo
Acabando com o medo
De ser um ser humano
Colocando amor sob tudo
Sem ter medo de engano
Encontrando em si mesmo
Depois de meses relutando
Contra seus desejos insanos
O corpo já é teu aliado
A sua mente já está do seu lado.
Acabaram-se as guerras
A vontade de ser deus na Terra.
Dando adeus à morte
Sabendo que subalternos
São aqueles que amam.