Pigmeu

À noite é enluarada, o pó da estrada
Me estonteia, antes de mais nada
Me norteio ao mundo dos prazeres
Dos afazeres sem compromisso
Que nem por isto significa irresponsabilidade

A bem da verdade é jura simples de amor
À ilusão desconhecida perdida no sonho meu
Que rompeu a veracidade dos fatos
Para aconchegar-se no calmo sossego seu.

O pigmeu que foi? – o amor nem pra mim olhou!
Chore não, Pigmeu, noites melhores virão.
Deixe ir a Primavera, tudo vai estar diferente a tua espera
Agua fria, areia quente, a banhar o corpo dela.

Pigmeu, desafio seu gostar, deixe ir a Estação e sente
O agir da constelação a clarear campina e chapadão
E conjugue mesmo sem saber o valor do verbo amar.