Defeitos
As vezes vem como brisa leve de mormaço ao fim da tarde no Verão.
Aconchegou - se sem pedir licença e foi ficando aqui...
Silencioso... Adormecido...
Era tarde para o sonho e cedo para o mundo.
O platonismo exagerado
e jovial de uma manhã de Primavera,
misturado a frieza cadente
de um Inverno idolatrado.
Tinha necessidade de escolher dizer o que nascia,
Mas traçava aquele caminho sinuoso e delicado
entre gentileza recíproca e sentimento almejado.
Te vi com outros olhos,
E os meus brilharam de curiosidade e contentamento imediato.
Eros me pregaria uma peça novamente,
por que a sua artes,
a muito já não tenho ganas de me render.
O preço era um coração partido
e talvez aquela poesia triste que te mostrei outro dia,
enquanto você lia meus pedaços na estrofe seguinte.
"Seja bem vindo a minha bagunça..." - eu diria.
À minhas matizes, meus pequenos defeitos e pedaços...
Um tanto quanto canhestro e meramente clichê.
Não era Heathcliff, nem Romeu, tampouco Tristão.
Mas talvez fosse aquilo que alguém,
algo que habitava em mim desejasse...
"... And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary, screaming and loud
And I know that you'll use them, however you want to..."
By Breathe (2am) - Anna Nalick