POEMA DAS MÃOS FRIAS

É quando tocamos as mãos frias e não falamos nada

nos olhamos e somos sol e água vibrando na chuva

sombras distraídas brilhando sem direção, palavras

cheias de contradição ao que toca o coração

e tu sorris sem dúvida, eu duvido e sorrio;

São as horas em frente ao papel em branco

sonhando o que escrever a ti, a mensagem

que não te escrevo é escrever e apagar

perder incontáveis poemas por não saber sonhar,

também é pensar em ti e devagar divagar;

É quando sentas próximo e quase posso te tocar

a natureza do teu colo me chama à descansar

seus lábios finos a me fitar já não sorriem

desaparecem na Umbra e não tenho coragem

para te buscar; vou vagando sentimentos abruptos

errando onde não posso errar na tola e vã esperança

de que me perdendo talvez volte um dia a te encontrar.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 08/09/2017
Código do texto: T6108126
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