Venhas...

Venha!

A saudade, te chama.

O meu corpo, reclama,

esta ausência do teu.

Quando a pele, arrepia,

e a entranha, incendeia,

não há nada que cale,

o obsceno querer...

Venha!

Que o que sinto, é tormenta.

O que quero, é vontade,

é razão, é desejo...

É a revolta rebelde,

do prazer que incompleto,

só sossega quieto,

em tuas pernas perfeitas...

Venha!

Que o teu gosto,

é o limite,

que meu sexo adimite,

como instante e prazer.

Teu olhar indecente,

é o convite indiscreto,

a vadiar pela cama,

até o amanhecer...

Venha...

Que teu corpo me abriga,

e teu riso me instiga,

a deitar sobre os ventos...

Teu gemido, completa,

os suspiros que deixo,

onde nús repousarmos,

de amor, satisfeitos...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 18/10/2005
Código do texto: T60989