Ternuras

Teu olhar brota ternuras

Como hortas

E verduras puras

E somente das tuas ternuras

É o meu falar

Pois há fome das colhidas canduras

Descanso meu corpo

Dos velhos cansaços

Dispo-me das guerras

E me encanto com humanos laços

Sei que viver é palavra dura

No sal da lágrima e das mãos em terras

Pois do teu olhar a palavra é terna

E nela aro para florescer

Pois vem de você as planuras maduras

A poeira de um entardecer

A certeza do doce amanhecer

Tudo é belo e vem de você

Eu sei que existem dores, e viver desigual

Você também sabe, mas sorri com doçura.

Dorothy Carvalho

Goiânia, 22.07.2017

Dorothy Carvalho
Enviado por Dorothy Carvalho em 22/07/2017
Reeditado em 28/05/2021
Código do texto: T6061369
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