Os primeiros raios de sol.
Um lindo poema de Paulo Carneiro !!!
Os primeiros raios de sol daquela manhã fria de outono insistiam em adentrar nosso quarto, rompendo mansamente a vidraça da janela. O nobre ipê a beira da estrada, era sua ultima barreira com sua copa compacta.
Acordei ainda sonolento e ao virar meu corpo na cama me aproximei ainda mais de ti. Você com sono ainda resistia querendo dormir. Teu corpo quente e seminu aconchegando-se ao meu transmitia seu calor reconfortante.
Acomodei-te em meus braços e te envolvi num abraço. Minha boca tocando o seu corpo, instintivamente comecei a te beijar. Eram beijos suaves, meus lábios mal tocando tua pele sentia sua penugem.
Fui levando minha boca a percorrer um caminho, por todo o seu corpo, em um passeio sem pressa. Alcançando primeiro as protuberâncias. Do beijo, passei a malignar com minha língua seus mamilos, levemente. Em movimentos ritmados, perfeitamente pensados, contornava-o e os mordia com suave pressão.
Uma força maravilhosa foi se apoderando de ti. Seus sentidos foram se aguçando e do sono ao delírio não demorou a se transferir. Passaste também, a me fazer caricias com suas mãos. Seus gestos suaves em meu pescoço e cabeça iam calmamente me conduzindo.
Meus movimentos buliçosos foram bem aceitos por ti, que ainda me acariciando, na verdade me conduzia. Alternava de um lado ao outro. Eu conformado aos carinhos, dedicado a retribui-los, ia malignando e fazendo teu corpo se estremecer e de seus lábios semicerrados, sons desconexos timidamente surgiam.
Na sequencia orquestrada, fostes me levando, aos pontos, descendo sem pressa. Passamos por seu umbigo, onde fizemos uma visita nem tanto apressada. Quando me dei conta já percorria teu corpo acariciando-o com a boca, beijando-o completamente. Seguimos adiante chegando até suas reentrâncias.
Em um dado momento assim mais do que de repente você de forma selvagem agarrou minha cabeça e com força me aproximou mais de ti. Senti seus pelos podados, me recebendo o nariz.
Como já fizera antes, dos beijos aos movimentos malignos me dediquei sem resistir. Os tremores de seu corpo aumentavam rapidamente e você se contorcia, gemia e até urrava, minha cabeça você apertava quase chegando a me sufocar.
Resignei-me a te fazer os gostos, que também eram meus. Fui aumentando a intensidade, acariciando-a com “maldade”, percorrendo o contorno, o centro e aquele pontinho no alto. Você vibrante se contorcia e de sua reentrância o viscoso liquido lácteo, abundantemente descia...
Paulo Carneiro.