Uma fábula talvez
Permita-me nas palavras esmiuçar,
D’uma estória deveras inefável.
De sabor cruel e desagradável,
Que o tempo ousou modificar.
D’antes uma agradável quimera,
Escravo de um doce desejo,
Morte e angustia num ensejo,
Perdão na dor que lhe propusera.
Agrada-me em mais um sentimento,
Alça tua aura num movimento,
Busca meu provento na solidão!
Na sina que encontra teu ser,
No amor dedicado, feliz ao perceber,
Que em sua alma bate meu coração!