O ENCONTRO DO AMOR, ÀS FASES DA LUA

O ENCONTRO DO AMOR, ÀS FASES DA LUA

O indigno digno encontro,
ao brilho constante da lua,
à beira da rua em movimento,
sem páreo(s) do(s) seu(s) caminho(s),
cuja festa foste somente um propósito.

És em verdade, o esperado, o lógico,
nem sempre o pródigo, 
mas algo de nobre valor,
tal qual o achado de uma moeda estrangeira,
cara e de bela face,
mas inútil,
não fosse o câmbio dela necessário.

O relicário tem seus segredos como uma dama pós banho,
já perfumada, em pele de seda,
e completamente, nua.

Ah, diga-se de passagem, e assim o é, 
que o que foi, já não é só o que passou, 
mas também, o que ficou, e marcou...
E no seu ciclo há de voltar (lisuras ao esperar).  

E assim é o amor... e seus encontros,
que se prontifica ansioso(a),
vezes em fúria, 
em lacônicos cômodos - na rua, 
à uma noite de lua cheia,
que volta e meia fenece,
míngua,
(e não ruge)
mas sempre se almeja ao novo crescente,
(cintilas)
em câmbios,
como tais doradas e rúbias, são suas fases - igualmente da lua.